Alisson ameaça eclipsar Taffarel em recordes e liderança incontestável

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Alisson ameaça eclipsar Taffarel em recordes e liderança incontestável

Veterano ídolo observa sucessor direto quebrar marcas históricas com serenidade 

📷 Reprodução: X - WeAreLivpool

A vitória recente da Seleção sobre o Paraguai nas Eliminatórias para a Copa de 2026 deixou um registro silencioso, mas histórico. Alisson, 32 anos, alcançou 45 partidas sem sofrer gols pelo Brasil no século, superando Júlio César e encostando em Taffarel, que ainda detém o posto absoluto com 52 jogos inviolados. O dado simboliza não apenas longevidade, mas a consolidação de um goleiro que, há uma década, se espelhava no tetracampeão gaúcho. Agora, é ele quem dita o padrão de excelência.

O paralelo técnico é inevitável. Taffarel foi pioneiro no modelo de goleiro confiável, com leitura de jogo e sobriedade em Copas. Alisson ampliou esse legado com atributos modernos: saída de bola qualificada, elasticidade e posicionamento de escola europeia. A convivência de ambos no Liverpool e na Seleção adiciona uma camada simbólica: o ídolo do passado transformou-se em preparador do presente, e o aprendiz tornou-se referência global. O ciclo é esteticamente perfeito, mas também cruel, pois obriga o mestre a assistir ao discípulo desmanchar seus próprios recordes.

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As consequências ultrapassam estatísticas individuais. Com Ederson lesionado e uma nova geração de goleiros ainda em formação, a Seleção de Dorival Júnior depende da estabilidade de Alisson para sustentar a defesa em 2026. Caso mantenha regularidade, ele não apenas superará Taffarel nos números, mas também terá chance real de igualar a façanha de ser titular em três Copas, algo inédito desde o tetracampeão. A simbologia disso projeta Alisson como a face de uma Seleção que busca identidade entre passado e futuro.

É nesse ponto que a crítica se impõe. A idolatria a Taffarel, justa e inquestionável, muitas vezes retardou o reconhecimento da grandeza de Alisson. Se o Brasil venceu em 1994 com o primeiro, pode vencer em 2026 com o segundo. Mas para isso será necessário romper a tradição de sabotar seus próprios goleiros em momentos decisivos. O espelho entre ambos não deve aprisionar o presente na nostalgia, e sim servir de lição. Alisson não é "o novo Taffarel". É, a esta altura, maior do que a sombra que um dia o inspirou. 

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Sexta, 26 Dezembro 2025

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