Novorizontino impõe tática precisa, cala Cuiabá e assume o G-4 da Série B

EsportesControle e Castigo

Novorizontino impõe tática precisa, cala Cuiabá e assume o G-4 da Série B

Equipe paulista encerra série invicta do adversário com atuação sólida e mentalidade fria 

📷 Reprodução: X - BrasileiraoB

Na quente noite cuiabana, o Novorizontino mostrou que a frieza pode ser mais eficaz que o ímpeto. Com vitória por 1 a 0 na Arena Pantanal, o time do técnico Eduardo Barros encerrou a invencibilidade de nove jogos do Cuiabá e saltou ao quarto lugar da Série B, somando 50 pontos. O gol solitário de Waguininho, aos 15 minutos do segundo tempo, consolidou o domínio estratégico de um visitante que soube suportar a pressão e aproveitar a brecha certa. O Cuiabá, dono da posse de bola e da iniciativa, não traduziu volume em perigo real, sucumbindo à própria previsibilidade.

O duelo expôs duas leituras distintas do futebol moderno. Enderson Moreira, fiel ao 4-3-3 de circulação constante, insistiu no toque apoiado, mas esbarrou em um Novorizontino disciplinado no 5-3-2, com linhas curtas e cobertura coordenada. O Tigre negou espaço entrelinhas e bloqueou o jogo interior, obrigando o adversário a cruzar em vão. No ataque, apostou em transições rápidas, em especial pela esquerda, onde Robson e Waguininho desequilibraram. O gol, fruto de jogada ensaiada após escanteio, foi mais do que oportunismo: foi a assinatura de um time que treina o detalhe e entende o momento.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Com o resultado, o Novorizontino volta ao G-4 e recoloca o projeto de acesso no rumo. Em um campeonato tão nivelado, a solidez defensiva – apenas 26 gols sofridos em 31 rodadas, desponta como ativo raro. Já o Cuiabá, agora oitavo, sente a pressão da tabela e vê o calendário encolher. Restam sete rodadas e um cenário claro: será preciso reagir imediatamente contra o Coritiba para não perder o trem da elite. O revés não é apenas estatístico; é psicológico. A invencibilidade escondia fragilidades que, diante de um rival metódico, se tornaram explícitas.

O triunfo do Tigre vale mais do que três pontos: representa a afirmação de um modelo. Num futebol brasileiro cada vez mais ansioso por protagonismo, o Novorizontino venceu ao abdicar da pressa. Barros montou um time que respeita o tempo da jogada, que entende o valor de uma recomposição bem feita e de um escanteio bem batido. Ao Cuiabá, resta a lição da simplicidade: volume sem variação é ruído. A Série B, em outubro de 2025, cobra consistência, não espetáculo. E o Novorizontino, discreto e paciente, parece ter compreendido isso antes dos demais. 

📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral

📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Sábado, 11 Outubro 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/