No domingo de julho, o Allianz Parque foi palco de mais um capítulo intenso do Brasileirão 2025. O Palmeiras derrotou o Atlético-MG por 3 a 2, em jogo marcado por domínio alviverde e lampejos individuais do Galo, especialmente através de Hulk, que anotou dois golaços de falta. A partida consolidou o Palmeiras no G4 com 26 pontos, enquanto o Atlético estaciona em nona colocação, sob pressão e protestos da torcida, que recebeu o elenco mineiro na madrugada de segunda-feira em Belo Horizonte. O clima pesado reflete o momento turbulento que o time atravessa na competição.

Tecnicamente, o Palmeiras demonstrou maturidade tática e intensidade desde o apito inicial. O setor ofensivo atuou em compactação e velocidade, explorando as laterais com precisão, enquanto a defesa suportou as investidas adversárias com sobriedade, ainda que com alguns sustos. O Galo, apesar da estrela de Hulk nas bolas paradas, não conseguiu encaixar uma resposta eficaz. As substituições e a leitura do técnico Cuca não surtiram efeito imediato, e a equipe pecou na recomposição, permitindo dois gols em falhas de marcação e um contra – pontos que reforçam a necessidade urgente de ajustes.

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É evidente que o Atlético-MG enfrenta um beco sem saída momentâneo, onde a pressão do torcedor e a instabilidade técnica se misturam numa receita para crises. O elenco precisa urgentemente resgatar o equilíbrio emocional e reencontrar coesão coletiva. Do lado do Palmeiras, o triunfo serve para dar fôlego e confiança a Abel Ferreira, que mostra ser um comandante com pulso firme e visão de jogo clara. Ainda que o Brasileirão seja longo, o Verdão parece já ter encontrado seu ritmo, enquanto o Galo amarga a incerteza de um "tanto faz" que não se esperava para um clube do seu porte.

Para quem viveu e respirou futebol na Bahia por décadas, o que se vê no Galo é o retrato da velha sina do time grande que insiste em tropeçar nos próprios pés, como aquele peixe que se debate em rede furada. O futebol é exigente e implacável em 2025, e sem respostas rápidas e coerentes, a torcida pode virar o "rei da cocada preta". Já o Palmeiras, com humildade e trabalho, mostra que dar o passo certo na hora certa faz toda diferença – não é só bola no chão, é bola na rede e no coração do torcedor.