Pedro recusa milhões do Catar e se consolida como intocável no Flamengo
Atacante supera turbulências internas, reage em campo e transforma desconfiança em protagonismo duradouro
O Flamengo viveu semanas de tensão em torno de Pedro, camisa 9 que parecia em rota de colisão com parte da diretoria e até com o técnico Filipe Luís. Depois de ser tratado como negociável por 15 milhões de euros e criticado publicamente pelo treinador, o atacante respondeu em campo: sete gols e duas assistências em onze partidas, sequência que o recolocou no centro do projeto rubro-negro. Com o mercado do Oriente Médio à espreita, o clube optou por blindar o artilheiro, recusando a oferta de 18 milhões de dólares do Al-Rayyan.
Do ponto de vista técnico, Pedro reencontrou o papel de referência que sempre o diferenciou. A precisão na finalização e a capacidade de se movimentar entre os zagueiros voltaram a ser armas decisivas no esquema de Filipe Luís, que já ensaiava alternativas com pontas de origem improvisados na função. Ao retomar eficiência, o centroavante não apenas reforçou a linha de frente, mas também estabilizou um time que carecia de segurança no último terço do campo. O contraste é gritante: antes da polêmica, o camisa 9 tinha cinco gols em 17 jogos; depois, foram sete em pouco mais de um mês.
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As consequências vão além do placar. Ao garantir a permanência de Pedro, o Flamengo sinaliza ao mercado e ao elenco que não pretende desmontar sua espinha dorsal em meio à temporada. O atacante, por sua vez, mantém vivas as esperanças de voltar à seleção brasileira, embora ainda não tenha sido convocado por Carlo Ancelotti em 2025. Internamente, a decisão preserva a competitividade do time em competições nacionais e internacionais, mas também coloca pressão sobre a gestão para lidar com expectativas de renovação contratual e valorização salarial.
Há, contudo, uma leitura crítica necessária. O episódio expôs fragilidades de comunicação entre diretoria, comissão técnica e atleta. A oscilação entre desconfiança e indispensabilidade poderia ter comprometido a relação de forma irreversível. Se Pedro transformou cobranças duras em combustível, não se pode esperar que todos os jogadores reajam da mesma forma. O Flamengo venceu a disputa imediata, mantendo seu artilheiro. O desafio, a partir de agora, é transformar estabilidade recente em política duradoura, para que crises não precisem ser o motor da performance.
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