Santos aposta em oito reforços e arrisca reconstrução acelerada em 2025
Clube vende promessas, investe recursos limitados e entrega elenco novo a Vojvoda
O Santos encerrou a janela de meio de ano com oito contratações, sinal claro da urgência em reformular o elenco que voltou à Série A ainda instável após o acesso. Com a chegada de Adonis Frías, Alexis Duarte, Victor Hugo e Lautaro Díaz no último dia de inscrições, a diretoria liderada por Alexandre Mattos consumou um processo de renovação em todos os setores, exceto no gol. As saídas de Luca Meirelles e Deivid Washington abriram espaço financeiro e expuseram a necessidade de preencher lacunas imediatas, sobretudo na defesa e no ataque.
No plano estratégico, a montagem carrega apostas e riscos. Frías e Duarte chegam para fortalecer um sistema defensivo que sofreu em 2024, enquanto Victor Hugo surge como reposição a Pituca, referência perdida no meio. Lautaro Díaz, por sua vez, assume a missão de compensar em parte a ausência de jovens negociados para o exterior. Ainda na lateral direita, Mayke e Igor Vinícius elevam o patamar de um setor problemático, antes sustentado por improvisações. O desenho final dá a Juan Pablo Vojvoda um cardápio mais amplo, mas também impõe o desafio de consolidar entrosamento em prazo curto.
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As consequências esportivas são decisivas para a sobrevivência do clube em 2025. O Santos investiu em reforços de impacto moderado, financiados por vendas de promessas, em uma tentativa de equilibrar imediatismo e sustentabilidade. O risco é evidente: o elenco ainda carrega fragilidades, especialmente na consistência do meio-campo e no poder de criação. A médio prazo, a estratégia pode comprometer o processo de formação, pois a base, tradicionalmente protagonista, perdeu protagonismo para contratações de ocasião.
A leitura crítica aponta que o Santos optou por um caminho pragmático, necessário diante da pressão por resultados. Há, contudo, o risco de que a reformulação massiva transforme 2025 em um laboratório de urgência, no qual a paciência será artigo raro. Se Vojvoda conseguir moldar identidade coletiva a partir de peças tão heterogêneas, terá mérito duplo: salvar o time do risco de novo rebaixamento e provar que a pressa pode, eventualmente, ser aliada de reconstruções. Caso contrário, o clube repetirá ciclos de remendos que custam caro e rendem pouco.
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