STJ mantém condenação de ex-técnico por estupro de ginastas

EsportesJustiça e Esporte Brasileiro

STJ mantém condenação de ex-técnico por estupro de ginastas

Fernando de Carvalho Lopes recorre ao STF em liberdade após decisão 

📷 Reprodução: X - Moins1an

O Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação do ex-técnico de ginástica Fernando de Carvalho Lopes por estupro de vulnerável contra quatro ginastas, encerrando uma das etapas mais emblemáticas de um caso que abalou o esporte brasileiro. A pena, fixada em 28 anos de reclusão, confirma a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo e encerra uma sequência de derrotas do réu nas instâncias anteriores. Lopes ainda responde em liberdade enquanto aguarda análise de um recurso no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Luiz Fux.

No campo técnico, o caso expõe falhas estruturais na supervisão esportiva e no controle institucional das modalidades de base. Por quase duas décadas, o treinador manteve atuação em clubes e entidades federativas, mesmo após relatos internos de conduta abusiva. A lentidão dos mecanismos disciplinares e a ausência de protocolos efetivos de proteção a menores permitiram que o comportamento predatório se perpetuasse em ambiente de confiança e vulnerabilidade.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

A manutenção da condenação pelo STJ reforça a responsabilização judicial, mas não encerra os efeitos sociais do caso. A Confederação Brasileira de Ginástica sustenta o banimento definitivo do treinador, enquanto o Ministério Público paulista tenta impedir sua fuga definitiva ao exterior. A repercussão deve acelerar revisões de políticas de segurança e compliance nas federações esportivas, pressionadas por patrocinadores e atletas a adotar novas diretrizes de prevenção a abusos.

O processo de Fernando de Carvalho Lopes marca uma virada simbólica para o esporte nacional, que ainda busca conciliar o alto rendimento com a proteção integral de seus atletas. A impunidade, antes sustentada por hierarquias rígidas e silêncio institucional, cede espaço a um novo paradigma de vigilância e responsabilização. O caso expõe cicatrizes, mas também um amadurecimento necessário: o de um sistema esportivo que precisa aprender a ouvir antes que seja tarde demais. 

📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral

📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Sexta, 26 Dezembro 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/