O futebol europeu amanheceu abalado nesta sexta-feira (4). Thomas Partey, ex-volante do Arsenal e nome de peso da temporada 2024/25, foi formalmente acusado de cinco estupros e uma agressão sexual no Reino Unido. Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, os crimes teriam ocorrido entre 2021 e 2022, envolvendo três mulheres diferentes. Partey, que deixou o Arsenal há menos de uma semana após o fim do contrato, deverá se apresentar ao Tribunal de Magistrados de Westminster no próximo dia 5 de agosto.

Em campo, Partey sempre foi visto como um meio-campista de equilíbrio, peça de confiança no Arsenal e presença segura na seleção de Gana, onde marcou 15 gols em 53 jogos. Na última temporada, disputou 52 partidas e balançou as redes quatro vezes. Sua capacidade de proteger a defesa e distribuir o jogo o mantinha como alvo de clubes como Barcelona e Atlético de Madrid, que já sondavam seu retorno. Mas o futuro esportivo do jogador, agora, depende menos da bola e mais do peso das acusações que carrega nas costas.

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As denúncias causam forte repercussão, principalmente no Reino Unido, onde o caso, mantido sob sigilo desde 2022, agora ganha nome e rosto. Partey entra para uma lista nada honrosa de atletas envolvidos em escândalos sexuais, como aconteceu no passado com nomes como Benjamin Mendy e Greenwood. Na terra da pontualidade e da tradição, este é o tipo de episódio que mancha o currículo e ecoa nos pubs e redações. Aqui na Bahia, diríamos que "a maré virou pro lado dele, e não foi de mansinho".

Olhar para frente, nesse momento, é exercício de risco. É pouco provável que Partey volte a atuar na elite europeia antes da conclusão do processo. Se condenado, o volante pode encerrar sua carreira mais cedo, manchada por um episódio de gravidade inquestionável. O futebol, que tantas vezes serviu de palco para redenções, dessa vez assiste a um desfecho que tende a ser mais jurídico do que esportivo. E o que se espera, acima de tudo, é que a Justiça jogue limpo.