Times da Série A vendem como nunca em 2025
Negócios passam de R$ 2 bilhões e moldam nova elite financeira
O futebol brasileiro vive um de seus anos mais rentáveis quando o assunto é venda de jogadores. Em 2025, os clubes da Série A já somam mais de R$ 2 bilhões em negociações, com 60 atletas repassados a equipes do exterior e do próprio país. O Botafogo lidera com folga, alcançando R$ 409 milhões arrecadados após a milionária transferência de Igor Jesus para o Nottingham Forest. Palmeiras e Atlético-MG completam o pódio, ambos ultrapassando a marca dos R$ 200 milhões em vendas. Não se trata apenas de cifras; trata-se de um novo modelo de sustentação — ou de sobrevivência.
No campo tático-financeiro, observa-se uma guinada estratégica dos clubes: menos apego aos ídolos e mais atenção ao mercado. O Palmeiras bate recorde ao negociar o zagueiro Vitor Reis com o Manchester City, sinalizando que o eixo da formação não está mais no meio-campo criativo, mas na segurança defensiva. Já o Atlético-MG, que movimentou seu elenco como num tabuleiro de xadrez, vendeu seis nomes e ainda repôs com velocidade. Os clubes parecem finalmente entender que o ciclo esportivo exige planejamento e liquidez — mas será que sabem lidar com a escassez de ídolos no campo?
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Para o torcedor do Nordeste, os números ainda não representam protagonismo. Bahia e Vitória, por exemplo, somam menos de R$ 120 milhões juntos, com vendas mais modestas como Biel e Everaldo. O futebol da região segue sendo celeiro, mas sem consolidar a transição entre formação e valorização. Se olharmos no retrovisor, lembramos de épocas em que o Vitória era referência em exportar talentos — de Dida a Hulk. Hoje, a janela escancara uma realidade mais amarga: clubes nordestinos continuam mais fornecedores do que protagonistas do mercado.
Projetando o restante do ano, há espaço para crescer — e errar. A esperada venda de Gerson pode impulsionar o Flamengo, enquanto Palmeiras e Botafogo parecem disputar não só o topo da tabela, mas o título de melhor gestor do Brasil. É preciso, porém, equilibrar caixa e camisa: vender bem não é sinônimo de jogar bem. Em tempo de superávits e supercotações, o futebol brasileiro precisa lembrar que moeda nenhuma substitui cultura de jogo. Porque, como se diz lá em Feira, "dinheiro na mão é vendaval" — e o campo, ah, o campo cobra.
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