Análise das lesões na Série A do Brasileirão encerra temporada 2023
Média de 37 lesões por equipe: estudo revela panorama das baixas médicas e destaca estratégias dos clubes
Com o encerramento da temporada 2023, marcada pelo vice-campeonato do Fluminense no Mundial, uma análise profunda sobre o impacto físico dos jogadores na Série A do Campeonato Brasileiro revela um cenário desafiador. Em um total de 878 jogos disputados pelos clubes de elite ao longo do ano, a maratona do calendário brasileiro influenciou diretamente o aspecto físico dos atletas, exigindo adaptação e estratégias inovadoras dos treinadores.
A maratona intensa de partidas, uma característica peculiar do futebol brasileiro, refletiu em 741 baixas médicas ao longo do ano, representando uma média de 37 lesões por equipe. Comparado a 2022, esse número apresenta uma redução de 12%, quando foram registrados 840 casos na elite do futebol brasileiro. O levantamento detalhado, realizado em colaboração com setoristas dos 20 clubes da Série A, oferece insights sobre a gestão das lesões e os desafios enfrentados pelos times.
O trio América-MG, São Paulo e Goiás se destaca como aquele que mais contribuiu para o aumento do número total de lesões em 2023. Esses clubes atuaram em pelo menos 70 jogos, registrando 56, 55 e 54 contusões, respectivamente. As lesões, infelizmente, impactaram negativamente nos resultados, com América-MG e Goiás sendo rebaixados para a Série B.
Por outro lado, alguns clubes conseguiram minimizar os vetos clínicos de jogadores ao longo da temporada. Cuiabá, Vasco, Fluminense, Cruzeiro, Palmeiras e Bahia apresentaram menos de 30 casos de lesões em 2023. Um destaque vai para o Fluminense e o Palmeiras, que, apesar de entrarem em campo mais de 70 vezes no ano, figuram entre as equipes com menos baixas.
O estudo também revela os jogadores mais afetados por lesões em cada clube, destacando casos como o do lateral Igor Vinícius, do São Paulo, que perdeu toda a temporada devido a uma pubalgia e cirurgia no tendão do adutor direito. Outros exemplos incluem o atacante Breno Herculano, do Goiás, e a dupla carioca Patrick de Paula, do Botafogo, e Jorge, do Fluminense, que enfrentaram longos períodos fora devido a lesões.
O infográfico sobre as regiões do corpo mais afetadas mostra que o músculo da coxa lidera em número de casos desde 2016, evidenciando a exigência física desse esporte. Contusões no joelho, panturrilha e tornozelo também se destacam, cada uma com suas características específicas.
O estudo conclui que, apesar dos desafios físicos enfrentados pelos jogadores, estratégias de gestão de lesões e adaptação ao calendário intenso são cruciais para o desempenho das equipes. O trabalho colaborativo com setoristas e a exclusão de casos como desgaste físico e problemas fisiológicos fornecem uma visão abrangente das lesões na Série A do Brasileirão em 2023.
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