A Udinese enfrenta as consequências de atos lamentáveis de racismo perpetrados por seus torcedores contra o goleiro francês Mike Maignan, do Milan, em um episódio que abalou o cenário do futebol italiano. A decisão da comissão disciplinar da Serie A, anunciada nesta terça-feira (23), determina que o próximo jogo da Udinese será realizado com portões fechados como medida punitiva.

O juiz desportivo baseou sua decisão não apenas na súmula do árbitro, mas também no relatório detalhado dos representantes da procuradoria da federação, que documentaram atos de discriminação racial em várias ocasiões durante o confronto do último sábado. A Serie A, em comunicado oficial, esclareceu que a sanção visa repudiar firmemente o comportamento intolerável que manchou o espetáculo esportivo.

No Estádio Friuli, durante a 21ª rodada do Campeonato Italiano, o goleiro Maignan foi alvo de ofensas racistas, incluindo a reprodução de gritos de macaco por parte de um grupo de torcedores da Udinese. A atitude repugnante levou Maignan a alertar o árbitro, abandonando o campo aos 34 minutos do primeiro tempo, seguido por seus companheiros de equipe. O confronto, interrompido por cinco minutos, culminou com a vitória do Milan por 3 a 2.

No domingo subsequente, Maignan cobrou a federação italiana e exigiu medidas concretas contra esses incidentes deploráveis. Um dos agressores foi identificado na segunda-feira (22) e permanentemente banido do estádio da Udinese.

"Maignan, em uma publicação nas redes sociais, não hesitou em responsabilizar aqueles que se omitem diante de tais atitudes: 'Se vocês não fazem nada, vocês também são cúmplices'."

O futebol antirracista reafirma sua luta contra a discriminação, buscando um ambiente esportivo inclusivo e respeitoso.