Vasco atropela Santos no Morumbis e impõe derrota mais dura da história
Coutinho brilha com dois gols, Cruz-Maltino reage no Brasileirão e Peixe demite técnico
O domingo no Morumbis ficará gravado como um divisor de águas na trajetória recente de Santos e Vasco. O Cruz-Maltino, até então ameaçado pela zona de rebaixamento, construiu uma goleada avassaladora por 6 a 0, com direito a cinco gols apenas no segundo tempo. Os tentos foram de Lucas Piton, Rayan, David, Tchê Tchê e Philippe Coutinho, que marcou duas vezes e deu mostras de liderança técnica rara em 2025. O placar estabeleceu-se como o mais elástico da história do confronto, superando vitórias anteriores por 5 a 1. O impacto foi imediato: Cleber Xavier deixou o comando do Santos após o apito final.
Tecnicamente, a partida mostrou contrastes cristalinos. O Santos, apesar de deter maior posse (58%), esbarrou em transições lentas, previsíveis e dependentes de Neymar, incapaz de carregar sozinho um elenco desconectado. O Vasco, por sua vez, apresentou rara eficiência: apenas 42% de posse, mas volume de contra-ataques fulminantes. A recomposição vascaína foi sólida, e a velocidade de Nuno Moreira e Rayan desmontou a retaguarda santista. A equipe de São Januário ainda encontrou em Coutinho a peça de inteligência para organizar e acelerar as jogadas, sinalizando evolução tática sob pressão.
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As consequências vão além do placar. O Santos, com 21 pontos, estagnado no 15º lugar, vê-se arrastado para a disputa direta contra o rebaixamento. A crise administrativa se intensifica, com protestos da torcida e lágrimas de Neymar em campo como imagem simbólica da derrocada. Já o Vasco, agora com 19 pontos, respira: saiu da penúltima colocação e vislumbra reação, embora ainda careça de consistência para escapar da gangorra da temporada. A vitória no Morumbis recoloca o time no radar competitivo e pode funcionar como ponto de virada emocional.
De minha parte, a goleada precisa ser lida como choque de realidade para ambos. Ao Santos, cobra-se uma reestruturação que vá além da troca de treinador: o elenco envelhecido e dependente de lampejos exige renovação. Ao Vasco, a euforia deve vir acompanhada de prudência. Um resultado histórico não elimina meses de instabilidade, mas dá o sopro de confiança que faltava. O futebol, como se sabe, é impiedoso com quem vacila — e nesse domingo, o Peixe foi engolido sem dó, feito peixe na rede em dia de maré braba.
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