O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente em todos os cenários testados pela pesquisa Genial/Quaest, tanto de primeiro quanto de segundo turno. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (21), mostra que Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível, continua sendo o principal adversário do petista em uma eventual disputa nacional, com 34% contra 28% de Lula.

Na Bahia, estado estratégico para o PT, o desempenho do presidente é ainda mais expressivo. Em cenários simulados de segundo turno, Lula supera todos os possíveis concorrentes com ampla vantagem. Contra Jair Bolsonaro (PL), venceria por 63% a 21%. A diferença se repete no embate com Tarcísio de Freitas (Republicanos), também por 63% a 21%.

O petista também derrotaria Michelle Bolsonaro (PL) por 64% a 20%. Contra Ratinho Júnior (PSD) e Eduardo Bolsonaro (PL), Lula chegaria a 66% dos votos, contra 16% dos dois adversários. Em um eventual confronto com Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), a vitória se manteria folgada: 65% a 17% em ambos os cenários. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Aprovação de Lula cresce no Nordeste

Segundo a Quaest, os números refletem um crescimento da aprovação do presidente, especialmente no Nordeste. A avaliação positiva subiu de 53% para 60% na região, enquanto a desaprovação caiu de 44% para 37%. Na Bahia, a aprovação cresceu 13 pontos (de 47% para 60%), mesmo índice registrado em Pernambuco (de 49% para 62%).

O instituto destaca que, pela primeira vez no ano, Lula viu sua rejeição diminuir e o potencial de voto aumentar. Entre os nomes da oposição, ocorreu o oposto: a rejeição cresceu, e o potencial de voto permaneceu estável. A pesquisa também mostra que 58% dos entrevistados avaliam que Lula não deveria concorrer novamente, enquanto 65% defendem que Bolsonaro desista de uma eventual candidatura — um retrato da persistente polarização política.

O levantamento ouviu 12.150 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.