Na tarde desta segunda-feira (14), Kleber Herculano de Jesus, conhecido como "Charutinho", foi executado com cerca de 17 tiros na cabeça, momentos após deixar o presídio da Mata Escura, em Salvador. A vítima, que havia acabado de obter liberdade domiciliar mediante uso de tornozeleira eletrônica, foi alvo de uma emboscada na entrada da Avenida Nóide Cerqueira, em Feira de Santana.

Kleber havia sido preso durante a Operação Eau Patrón, deflagrada pela polícia para combater crimes como lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Após passar por unidades prisionais em Barreiras e Salvador, ele conseguiu a liberação por motivos de saúde, com autorização da juíza Márcia Simões Costa, titular da Vara do Júri de Feira de Santana.

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Segundo informações, Kleber deixou o presídio em um Corolla Cross, acompanhado pela esposa, um motorista e sua advogada — que preferiu não ser identificada. O grupo seguia em direção à residência do ex-detento, conforme determinado pela Justiça.

A emboscada ocorreu já na área urbana de Feira. Dois veículos cercaram o Corolla: um à frente e outro atrás. Os ocupantes, que se apresentaram como policiais, ordenaram que todos descessem do carro. A advogada relatou que, ao perceberem a movimentação suspeita, ela e os demais ocupantes se jogaram em uma área de mato próxima. Em seguida, ouviram os disparos.

"Eles disseram apenas 'é a polícia, desçam do carro'. A gente obedeceu, se jogou no mato e só ouvimos os tiros. Foram muitos disparos. Kleber já estava fora do carro quando foi atingido", contou a advogada em depoimento à polícia.

A execução ocorreu em via pública e chamou atenção pela brutalidade. Segundo informações preliminares da polícia, os assassinos utilizaram armas calibre 9 milímetros e todos os disparos foram direcionados à região da cabeça da vítima.

A delegacia de homicídios de Feira de Santana deu início às investigações. A delegada responsável pela apuração confirmou que Kleber era investigado por envolvimento com uma organização criminosa e havia sido preso por crimes como lavagem de dinheiro.

Os ocupantes do veículo foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. A polícia agora trabalha para identificar os autores do crime, entender a motivação da execução e confirmar se os carros utilizados na ação realmente seguiram o veículo desde a saída do presídio.

Fonte: Página de Noticias