Atlético-MG elimina Bolívar com sofrimento e gol salvador de Bernard
Meia decide nos acréscimos e garante vaga contra del Valle na semifinal
O Atlético-MG viveu uma noite de tensão na Arena MRV e só respirou aliviado nos acréscimos. Depois do empate em La Paz, o Galo encontrou enorme resistência do Bolívar em Belo Horizonte. Faltava clareza ofensiva, sobrava nervosismo. Coube a Bernard, ídolo de 2013 que retornou ao clube em 2024, surgir como protagonista. De cabeça, aos 45 do segundo tempo, o meia selou o 1 a 0 que coloca o time na semifinal da Copa Sul-Americana, além de render mais R$ 20 milhões em premiação.
Do ponto de vista tático, a equipe de Jorge Sampaoli apresentou a conhecida dificuldade para transformar posse em efetividade. Com 60% da bola e quase 500 passes, o Atlético chegou pouco: apenas sete finalizações, sendo uma no alvo. A lentidão nas trocas e a previsibilidade do setor criativo deram sobrevida ao adversário. Scarpa tentou acelerar, Hulk buscou soluções individuais, mas o Bolívar, compacto, soube reduzir espaços. A entrada precoce de Bernard por lesão de Alexsander acabou mudando a dinâmica, acrescentando mobilidade e oportunismo em área, justamente onde o time falhava.
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A vitória projeta reencontro histórico. O Galo enfrentará o Independiente del Valle, adversário que carrega memórias amargas de 2022, quando eliminou o clube na Libertadores. Agora, com o segundo jogo em Belo Horizonte, o Atlético tem a chance de transformar a Arena MRV em trunfo competitivo. O Bolívar, por sua vez, sai valorizado: mostrou que a distância técnica entre Brasil e Bolívia já não é abismo, mas diferença administrável em jogos eliminatórios.
O desfecho expõe um paradoxo. O Atlético classificou-se pela força de um herói improvável e não pela consistência de um projeto. Se a Sul-Americana representa oportunidade de título acessível em 2025, também cobra evolução imediata. O time precisa mais do que lampejos individuais para sustentar ambições. Bernard, com gol e lágrimas, segurou a temporada por um fio. Resta ao elenco compreender que não haverá sempre um salvador nos acréscimos.
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