O Esporte Clube Bahia oficializou nesta terça-feira (25) a renovação do contrato de Rogério Ceni até dezembro de 2027. Desde que chegou ao Fazendão em setembro de 2023, Ceni acumula 122 jogos, com 65 triunfos, 23 empates e 35 derrotas, atingindo um aproveitamento de 59%. Sob sua batuta, o Tricolor conquistou o Campeonato Baiano de 2025 e carimbou uma vaga inédita na fase de grupos da Copa Libertadores, num feito que sacudiu o futebol da Boa Terra.

Tecnicamente, o Bahia de Ceni evoluiu. A equipe consolidou uma transição rápida, com um jogo apoiado pelas beiradas e uma marcação que sabe a hora de morder. Ainda assim, o time apresenta oscilações defensivas, sobretudo contra adversários que exploram as costas dos laterais. A renovação do comandante indica que o clube aposta em maturar o elenco e corrigir essas brechas, mirando temporadas mais robustas no Brasileirão e na Libertadores.

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No contexto regional, o Bahia quebra um ciclo conhecido: treinadores de passagem curta, trocados ao sabor do vento. Ao manter Ceni, o Tricolor sinaliza um modelo mais estável, postura rara no futebol baiano, que historicamente viveu de apagar incêndio. Só para lembrar, há menos de uma década o Bahia se arrastava entre idas e vindas à Série B, sem qualquer lastro de continuidade.

Agora, o desafio é sustentar esse projeto quando as primeiras pancadas vierem. O torcedor precisa entender que construção exige tempo — e a diretoria, mais ainda. É louvável ver um clube da nossa terra seguir na contramão da pressa. Que Ceni consiga, enfim, transformar bons momentos em conquistas sólidas, sem cair na velha armadilha do imediatismo. 

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