A seleção brasileira feminina de vôlei confirmou a boa fase nesta Liga das Nações 2025 ao bater a Polônia por 3 sets a 1, em Chiba, no Japão. Com parciais de 25/22, 25/21, 21/25 e 25/22, o time comandado por Zé Roberto alcançou a décima vitória em onze jogos, firmando-se na vice-liderança da competição, atrás apenas da invicta Itália. Em noite inspirada, o Brasil somou 16 pontos de bloqueio, com destaque para Julia Kudiess e a capitã Gabi, que somou 24 pontos e voltou a ser referência absoluta tanto no ataque quanto na defesa.

Do ponto de vista técnico, o jogo foi decidido no fundamento mais valorizado por equipes consistentes: o bloqueio. Julia Kudiess, maior bloqueadora da competição, cravou seis pontos no paredão brasileiro, contando com o auxílio de Diana, Tainara e a própria Gabi. Mesmo com a ausência de Ana Cristina, lesionada, o Brasil encontrou em Julia Bergmann uma ponteira agressiva e precisa — foram 22 pontos, em sua melhor exibição no torneio até aqui. O time teve maturidade para virar momentos difíceis, como a desvantagem de 1/7 no segundo set, e frieza para conter a reação polonesa no quarto.

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A projeção para o mata-mata é animadora, mas exige cautela. A equipe brasileira demonstra solidez defensiva e uma distribuição de jogo mais confiável, mas ainda peca na recepção em certos momentos e depende, por vezes, do brilho individual. Contra seleções de primeiro escalão, como a própria Itália ou os Estados Unidos, essa oscilação pode custar caro. Zé Roberto, com seu faro de velho conhecedor da quadra, sabe que o caminho do título passa por lapidar a transição defesa-ataque e estabilizar o emocional das mais jovens.

Se há algo que esse time mostra é resiliência. Mesmo sem uma de suas principais atacantes, a seleção se impôs fora de casa, diante de um ginásio cheio, contra uma Polônia encorpada e em ascensão. O paredão verde-amarelo, como a gente diz lá na rádio do interior, "não deixou passar nem pensamento". E se a liderança ainda depende da queda da Itália, a performance já garante ao Brasil uma moral elevada para a fase decisiva. O próximo duelo, contra o Japão, é mais que um jogo: é oportunidade de mostrar que este grupo não joga só bonito — joga pra vencer.