CRB constrói vantagem ampla mas quase entrega vitória ao Botafogo-SP
Time alagoano vence com autoridade inicial mas expõe fragilidade na reta final
O Estádio Rei Pelé viveu uma noite de contrastes nesta quarta-feira. O CRB dominou amplamente o Botafogo-SP e abriu 3 a 0 com gols de Fábio Alemão, Gegê e Danielzinho, todos fruto de posse bem trabalhada e movimentação ofensiva consistente. Porém, em menos de dez minutos, o Tricolor de Ribeirão Preto aproveitou relaxamento defensivo para descontar duas vezes, com Gabriel Bispo e Leandro Maciel, e transformar o que parecia goleada em vitória por 3 a 2 sofrida até o apito final. O resultado levou o Galo a 40 pontos, na oitava posição, enquanto o Botafogo-SP estacionou nos 29, dentro do Z-4.
A análise fria mostra um jogo de posse e precisão desequilibradas: o CRB trocou 598 passes com 88% de acerto, contra apenas 318 do adversário. A superioridade permitiu criar nove finalizações certas, contra cinco do rival. O problema veio na administração. Allan Aal manteve a equipe exposta após o terceiro gol, optando por não reforçar o meio. O Botafogo-SP, mesmo em desvantagem técnica, encontrou brechas no setor central e, apoiado em bolas longas, quase igualou. Foi um retrato clássico de domínio que beira a imprudência.
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As consequências para a tabela são claras. O CRB se aproxima do bloco de acesso, a seis pontos do G-4, e mantém viva a esperança de brigar por vaga na elite. Mas a irregularidade na reta final dos jogos precisa ser corrigida para que o time não se torne refém de sustos desnecessários. O Botafogo-SP, por sua vez, aumenta a pressão sobre a diretoria: com quatro jogos sem vitória, caiu para a 18ª posição e vê a Série C se aproximar como ameaça concreta.
A leitura crítica aponta que o CRB desperdiçou a chance de afirmar autoridade plena. O torcedor regatiano sabe que vitórias com margem dilapidada custam caro na corrida de pontos corridos. Se o projeto é brigar pelo acesso em 2025, será indispensável amadurecer a gestão emocional e tática das partidas. Quanto ao Botafogo-SP, a reação tardia soa mais como alívio de consciência do que como perspectiva real de mudança. Uma equipe que só desperta após estar três gols atrás dificilmente escreverá final feliz.
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