Everton Ribeiro enfrenta câncer na tireoide e emociona ao revelar luta
Capitão do Bahia realiza cirurgia bem-sucedida e reforça esperança em mensagem sincera
A notícia que comoveu o futebol brasileiro nesta segunda-feira veio de Salvador. Everton Ribeiro, capitão e principal liderança técnica do Bahia, revelou ter sido diagnosticado com câncer de tireoide há cerca de um mês. Aos 36 anos, o meia passou por cirurgia durante a pausa do Campeonato Brasileiro e tranquilizou torcedores com uma mensagem serena nas redes sociais. O clube não informou prazo de recuperação, mas confirmou que o jogador ficará afastado dos treinos nesta semana. Em 2025, o camisa 10 disputou 53 partidas, marcou três gols e deu sete assistências sob o comando de Rogério Ceni.
O caso de Everton Ribeiro transcende o campo. Ícone de regularidade e profissionalismo, o jogador mantém, mesmo diante do diagnóstico, a compostura que sempre o distinguiu em 17 anos de carreira. No Bahia, sua presença simboliza o elo entre o projeto de modernização da SAF e a experiência necessária para consolidar o clube entre os protagonistas da Série A. O impacto esportivo de sua ausência, embora temporário, é evidente: o meio-campo tricolor perde sua principal referência de organização tática e tomada de decisão, atributos que Rogério Ceni tem explorado com precisão milimétrica.
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A notícia mobilizou o país esportivo. Clubes e jogadores de diversas torcidas manifestaram solidariedade, em um raro momento de unanimidade em tempos de rivalidade exacerbada. O Bahia, por sua vez, vive o desafio de preservar a competitividade enquanto seu capitão se recupera. A equipe, que ocupa o sétimo lugar e briga por vaga na Libertadores, deverá encontrar novas soluções criativas para compensar a ausência do líder. No plano humano, a postura de Everton reitera um valor muitas vezes esquecido no futebol de alta pressão: a coragem de se mostrar vulnerável.
Há algo profundamente simbólico na serenidade de Everton Ribeiro ao expor sua condição. O gesto rompe a barreira do ídolo inalcançável e humaniza o atleta diante do público. Em um esporte onde o corpo é instrumento e identidade, admitir a fragilidade é, paradoxalmente, um ato de força. O Bahia ganha um exemplo que vai além do vestiário: o de um homem que enfrenta a adversidade com a mesma elegância com que conduz a bola. A recuperação de Everton não será apenas médica, mas também moral, e o futebol brasileiro, tão carente de referências éticas, tem muito a aprender com isso.
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