Grêmio tropeça na Arena e cai na Sul-Americana
Barcos decide no fim e encerra noite amarga em Porto Alegre
No apagar das luzes, o Grêmio viu a festa virar frustração na Arena lotada. Diante de 45 mil torcedores e no primeiro jogo após a compra da gestão do estádio, o Tricolor empatou em 1 a 1 com o Alianza Lima e foi eliminado da Copa Sul-Americana. Precisando reverter os 2 a 0 sofridos no Peru, até saiu na frente com gol de Gustavo Martins, mas perdeu chances em sequência e sucumbiu nos acréscimos. Coube a Barcos, velho conhecido da casa, aplicar o golpe final em contra-ataque fatal — a chamada "lei do ex" foi pontual e cruel.
Tecnicamente, o Grêmio oscilou entre o afobado e o previsível. Mano Menezes montou um 4-3-3 ortodoxo, com amplitude e volume, mas o time pecou no terço final. Faltou clareza nas associações e sobrou precipitação na definição — Pavón e Braithwaite, por exemplo, tiveram atuação tímida diante de um adversário bem fechado. O Alianza Lima, por sua vez, cumpriu o papel do visitante inteligente: cadenciou, valorizou as faltas e matou no erro. O Grêmio chutou mais, teve a posse, mas foi incapaz de converter isso em placar. E em torneio de mata-mata, quem não mata morre.
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A eliminação é mais que um revés pontual: escancara a carência de competitividade do elenco e a ausência de ideias consistentes. Ficar em segundo num grupo modesto e depois ser superado por um time limitado, mesmo com orçamento e estádio a favor, exige autocrítica. O Grêmio tem bons nomes, mas segue tático demais para quem quer ser protagonista continental. Como diria um velho comentarista de rádio em Feira de Santana: "time que pensa muito e corre pouco, cansa mais depressa do que o adversário". E o cansaço aqui é estrutural, não apenas físico.
Agora, resta o Brasileiro — e não é pouca coisa. O Tricolor está em 13º, tem jogo a menos e encara o Palmeiras no Allianz no sábado. É hora de parar com discursos sobre "potencial" e entregar futebol de verdade. O torcedor já entendeu que a Arena é dele — falta o time entender que resultado, em 2025, não chega com narrativa. Chega com execução.
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