No Maracanã, o Palmeiras virou sobre o Fluminense por 2 a 1 e se consolidou no bloco de cima do Brasileirão 2025. Mesmo saindo atrás com gol de pênalti de Germán Cano, o time paulista manteve a compostura e aproveitou as falhas de Fábio e Martinelli para reagir com Maurício e Vitor Roque. Com o triunfo — o sexto fora de casa — o Verdão chega aos 29 pontos e encosta nos líderes, enquanto o Flu, com 20, amarga sua terceira derrota consecutiva desde o retorno do Mundial de Clubes.

Em campo, Abel Ferreira armou o Palmeiras com a maturidade de quem conhece bem o terreno hostil. A proposta não foi exuberante, mas eficiente. Pressão média, amplitude pelas pontas e leitura rápida de erro adversário — foi assim que Maurício interceptou a saída atrapalhada de Martinelli e virou herói da noite. O Fluminense, por sua vez, pareceu emocionalmente desconectado: Ganso lento, Nonato disperso e uma defesa que sofreu com as infiltrações — um roteiro repetido desde a queda de rendimento pós-mundial.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

O sinal de alerta já não pisca mais: ele grita. O Fluminense de Renato Gaúcho perdeu competitividade, identidade e — o mais grave — parece não ter um norte claro. As vaias no Maracanã e os protestos contra Mário Bittencourt não são exagero de arquibancada: refletem um elenco que se acomodou e uma diretoria que parece surda ao campo. É preciso reoxigenar o modelo antes que o campeonato escape pela tangente. A temporada não aceita mais recaídas.

Ao Palmeiras, o mérito da consistência. Não é o time mais vistoso do torneio, mas tem banco, gestão e frieza. Vitor Roque encaixou com naturalidade e dá nova potência ao ataque, enquanto a base do meio-campo mantém padrão tático mesmo com trocas. Como se diz lá em Jequié, "quem anda certo, mesmo devagar, chega primeiro". E o Verdão vai chegando — firme e com cheiro de briga grande no segundo turno.