Bahia sedia desafio nacional do handebol feminino

EsportesForça da rede

Bahia sedia desafio nacional do handebol feminino

Duas equipes baianas enfrentam elite nacional em torneio decisivo 

📷 Reprodução: X (Twitter) - olimpicosport

O Campeonato Brasileiro de Clubes - Adulto Feminino 2025 de Handebol começou nesta quarta-feira (23), em Salvador, reunindo oito equipes de cinco estados em busca do título. Com entrada gratuita e apoio da Sudesb, os jogos seguem até domingo (27), com partidas no Espaço Cidadania de Itapuã e no Ginásio de Cajazeiras. A Bahia é representada por duas equipes: Sento Sé Handebol Clube, vinda do interior, e a Associação Desportiva UFBA, que entrou após a saída do time amazonense. Ao todo, são mais de 180 envolvidos na competição, incluindo atletas, técnicos e dirigentes da CBHb.

Dentro de quadra, o nível técnico tem sido alto, exigindo organização tática e preparo físico em dia. A presença de equipes do Sul e Sudeste — tradicionalmente mais estruturadas — impõe desafios às representantes baianas, que apostam em intensidade defensiva e transições rápidas para compensar eventuais carências de elenco. O Sento Sé vem com base entrosada do circuito estadual, enquanto a UFBA aposta na força universitária e no talento de jovens atletas. A tática é clara: jogar com alma, mas com disciplina.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Ver a capital baiana receber um evento desse porte, em 2025, não é apenas símbolo de valorização regional — é resultado de política pública bem dirigida. A Bahia, que lidera o investimento público em esporte no país nos últimos oito anos, colhe frutos do que planta. Com mais de R$ 500 milhões aplicados entre 2023 e este ano, o estado mostra que estrutura e oportunidade caminham juntas. No handebol, a colheita pode ser modesta em medalhas neste torneio, mas será duradoura na formação de atletas e cidadania.

É preciso, no entanto, manter os pés no chão e cobrar evolução técnica, principalmente na base. Representar a Bahia é um orgulho, mas exige mais que bravura. Precisa-se de calendário regular, intercâmbio nacional e mais quadras com padrão de competição — não apenas ginásios adaptados. A expressão "comer água de pote" resume bem o esforço das meninas do sertão e da capital: jogam com raça, sim, mas merecem estrutura para não viver só de resistência. O caminho está aberto. Falta garantir que ele não se feche com o apito final. 

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Sábado, 26 Julho 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/