O All-Star Game da MLS 2025, marcado para esta quarta-feira às 22h, pode acontecer sem sua principal estrela. Lionel Messi não apareceu nos treinos preparatórios nem participou dos eventos promocionais da semana, gerando desconforto entre dirigentes da liga e preocupação no Inter Miami. Caso o craque argentino não entre em campo, será automaticamente suspenso da próxima rodada da competição, conforme regulamento disciplinar da MLS, em vigor desde o episódio com Ibrahimović, em 2018.

Do ponto de vista técnico, a ausência de Messi mina o propósito do All-Star Game, que existe justamente para celebrar o talento e impulsionar o produto futebolístico da liga diante do público global. Ainda que o argentino esteja no direito de priorizar sua preparação física — aos 38 anos, com 34 jogos acumulados no ano — o simbolismo de sua participação pesa. A liga o vende como rosto do projeto, mas o corpo, esse velho contador de verdades, pode estar pedindo trégua. E isso expõe um dilema entre espetáculo e preservação.

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A situação acende o alerta sobre a dependência da MLS em torno de Messi. O projeto de internacionalização da liga, que avançou com a Copa América nos EUA e a chegada de estrelas como Suárez e Busquets, ainda gira, em grande parte, em torno do camisa 10. Mas se o calendário, a idade ou o desgaste emocional começarem a afastá-lo dos holofotes, a liga precisará provar que tem mais a oferecer do que a saudade dos gols em Barcelona. O marketing precisa caminhar junto da saúde — e do bom senso.

Não seria a primeira vez que um grande nome recusa o All-Star, mas quando se trata de Messi, o impacto é maior, como quem deixa a festa e leva a luz embora. Na Bahia, se diz que "quem convida tem que estar na roda". A MLS o convidou, o venerou e o colocou no centro do palco. Se ele não aparecer, a pergunta que fica é: o show continua — ou era só mais uma vitrine de vidro?