Libertad resiste pressão do River e mantém decisão aberta
Jogo truncado em Assunção termina sem gols e com tensão acumulada
O primeiro duelo entre Libertad e River Plate pelas oitavas de final da Libertadores 2025 terminou como começou: 0 a 0 no estádio Tigo La Huerta, em Assunção. A noite paraguaia apresentou um roteiro previsível para quem conhece o estilo de ambas as equipes — intensidade física, jogo de contato e poucos espaços para criatividade. O River, com mais posse (62%) e volume ofensivo, encontrou uma barreira bem posicionada no Libertad, que apostou na compactação e na paciência para explorar erros. O resultado deixa a decisão viva para o Monumental de Núñez, onde qualquer vitória simples dará a vaga.
No aspecto tático, Marcelo Gallardo tentou impor seu modelo de circulação de bola, abrindo o campo com Montiel e Acuña, enquanto Juanfer Quintero e Nacho Fernández buscavam infiltrações e finalizações de média distância. O Libertad, consciente da disparidade técnica, armou-se num 4-4-2 disciplinado, encurtando linhas e apostando nas transições rápidas com Marcelo Fernández e Hugo Fernández. Apesar do domínio argentino no terço final, Martín Silva realizou defesas importantes, e a defesa local bloqueou finalizações cruciais — um retrato de um plano de jogo executado com rigor.
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A consequência direta desse empate é a ampliação da margem de risco para o River, que precisará lidar com a pressão natural da torcida e com a necessidade de transformar volume em gol. Para o Libertad, a matemática é simples: qualquer empate com gols em Buenos Aires garante classificação, mas a postura fora de casa exigirá mais do que resistência — será preciso ousar. Num chaveamento que já reservou surpresas em anos recentes, o duelo está longe de ser decidido.
O River, por mais que ostente elenco e proposta ofensiva superiores, careceu de contundência — um velho problema em jogos de mata-mata longe de casa. Já o Libertad, mesmo limitado tecnicamente, demonstrou organização e resiliência dignas de nota. A impressão é de que o 0 a 0 favorece mais aos argentinos pela vantagem de decidir no Monumental, mas, como se diz lá na beira de campo baiana, "jogo que fica aberto também convida zebra para a festa".
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