Itabaiana supera CSA e respira fora da zona da Série C
Gol cedo e defesa firme garantem vitória crucial do Tremendão sergipano
O Estádio Etelvino Mendonça assistiu a um jogo de urgência e sobrevivência. O Itabaiana, em penúltima colocação na largada da rodada, sabia que qualquer tropeço agravaria o risco de queda. Logo aos sete minutos, Karl encontrou espaço na defesa alagoana e, com precisão, abriu o placar. O Tremendão manteve a intensidade no primeiro tempo, quase ampliando em cobrança de falta de Dione que explodiu no travessão. Na etapa final, cedeu terreno, mas resistiu à pressão do CSA, que, mesmo com maior posse de bola, esbarrou no goleiro Léo Souza e na falta de pontaria.
Tecnicamente, o Itabaiana construiu a vitória apostando em duas premissas: bloco médio compacto e transições rápidas pelo lado direito, explorando a recomposição lenta do adversário. No segundo tempo, a estratégia mudou: linhas mais baixas, compactação na entrada da área e aposta no erro do CSA, que abusou dos cruzamentos frontais. O Azulão, por sua vez, careceu de variação ofensiva. As inversões de jogo foram previsíveis, e a aproximação entre meio e ataque demorou a acontecer, permitindo ao time sergipano controlar espaços mesmo sem a bola.
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O resultado provoca movimento significativo na tabela. O Itabaiana sobe para 15º, com 18 pontos, ultrapassando Maringá pelo saldo de gols e saindo do Z-4. O CSA, que encerra a rodada na 9ª colocação com 21 pontos, perde contato momentâneo com o G-8 e vê crescer a disputa por uma vaga na fase decisiva. No recorte das próximas rodadas, o Tremendão encara a Ponte Preta fora de casa, enquanto o Azulão recebe o Ituano, ambos duelos contra concorrentes diretos nas respectivas lutas por permanência e acesso.
A vitória sergipana não mascara limitações, mas evidencia que, quando o time entra em campo com intensidade e concentração, o rendimento sobe de patamar. O CSA, por outro lado, expõe um problema recorrente: volume de jogo não é sinônimo de efetividade. Se não diversificar suas ações ofensivas, corre o risco de desperdiçar uma campanha que ainda tem margem para o G-8. Como se diz na minha terra, foi jogo de "puxar o fôlego" até o apito final — e, desta vez, quem respirou aliviado foi o lado tricolor.
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