A Fifa abriu processo disciplinar contra Luis Enrique após o técnico do PSG agredir o atacante João Pedro durante os tumultos que se seguiram à final do Mundial de Clubes. Imagens mostram o espanhol, de 55 anos, desferindo um tapa no rosto do brasileiro - ato que pode render até três jogos de suspensão na próxima edição do torneio, em 2029. O incidente manchou a conquista do Chelsea, que venceu por 3 a 0 com dois gols de Cole Palmer.

Analisando o contexto, a explosão de Luis Enrique reflete a pressão extrema sobre os técnicos no futebol moderno. O PSG investiu €580 milhões no último biênio, mas falhou em todas as competições continentais em 2025. A derrota no Mundial foi a gota d'água para o técnico, que vinha sendo criticado por sua postura intransigente. João Pedro, ironicamente, foi justamente o jogador mais perigoso do Chelsea, com três finalizações no alvo e 83% de passes certos.

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Há certa hipocrisia nesse episódio. O mesmo Luis Enrique que pregava "jogo limpo" em coletivas perdeu completamente a compostura quando mais precisava dar o exemplo. Como diz o jargão dos vestiários, "técnico que não sabe perder não merece vencer". Seu pedido de desculpas evasivo - alegando que queria "separar a confusão" - soa tão frágil quanto sua defesa tática contra o Chelsea.

A punição da Fifa será simbólica, mas o dano à reputação de Luis Enrique pode ser permanente. Num esporte que prega o fair play, um técnico de sua experiência deveria saber que, nas derrotas como nas vitórias, o que fica é a postura. Resta ao PSG decidir se mantém um comandante que, em seu momento decisivo, preferiu a violência à sabedoria.