Operário vence Amazonas em virada decisiva e reacende disputa no campeonato
Equipe paranaense mostra força na bola parada enquanto rival afunda na tabela
O Germano Krüger testemunhou um roteiro conhecido e ao mesmo tempo revelador. O Amazonas abriu o placar com Kevin Ramírez, mas sucumbiu diante da insistência do Operário-PR, que virou para 2 a 1 e alcançou sete jogos de invencibilidade na Série B. Miranda e Boschilia foram os protagonistas da reação alvinegra, ambos explorando a mesma via: a bola parada. O triunfo elevou o Operário à nona posição, com 39 pontos, ainda distante do G-4, mas suficientemente próximo para manter a chama acesa. O Amazonas, em contrapartida, caiu para a penúltima colocação, com 27 pontos, e vê a sombra da Série C crescer a cada rodada.
A engrenagem da virada operária não surgiu do acaso. O time de Márcio Zanardi aproveitou um ponto vulnerável da defesa amazonense: a fragilidade no jogo aéreo e a demora na recomposição em lances de bola parada. Boschilia foi mais que armador, tornou-se um especialista em punir erros adversários, convertendo em gol o que parecia simples rotina de cruzamento. A posse de bola de 54% refletiu um domínio relativo, mas a eficiência esteve nas 13 finalizações, seis delas obrigando o goleiro rival a intervir. O Amazonas, por sua vez, mostrou-se frágil no setor de contenção, incapaz de suportar a pressão territorial do rival.
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O resultado traz desdobramentos significativos. O Operário mantém o discurso de pés no chão, mas sabe que a tabela ainda permite sonhar. Sete pontos o separam do Novorizontino, atual integrante do G-4, e a próxima rodada contra o Athletico, em Curitiba, será um teste de maturidade. Para o Amazonas, a matemática torna-se cruel: estacionado nos 27 pontos, o time precisa reagir de imediato diante da Chapecoense para não consolidar a rota descendente. O contexto de 2025 não perdoa hesitação, e o tempo se esgota rapidamente para quem não encontra consistência.
A vitória do Operário é emblemática não apenas pelo placar, mas pelo modo como foi construída. Mostrou que a Série B premia quem sabe transformar detalhes em armas e castigar distrações adversárias. A equipe paranaense não encanta, mas se mostra adaptada à realidade competitiva. Já o Amazonas, ao ceder novamente em circunstâncias evitáveis, revela um vício perigoso: a incapacidade de aprender com as próprias derrotas. No fim, não é apenas a tabela que condena, mas a repetição de erros que transforma a luta contra o rebaixamento em destino provável.
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