A goleada de 4 a 0 sofrida pelo Real Madrid diante do PSG na semifinal do Mundial de Clubes evidenciou não só a superioridade francesa, mas também um clima pesado nos bastidores merengues. De acordo com os números do jogo, o PSG dominou amplamente, marcando três gols ainda no primeiro tempo e administrando a vantagem com tranquilidade após o intervalo. A cena que mexeu com a torcida ocorreu aos 37 minutos do segundo tempo, quando Vinícius Junior, substituído e fora do campo, foi flagrado sorrindo e conversando com colegas no banco, em um momento de evidente descompasso com a situação delicada do time.

Tecnicamente, a postura de Vinícius no jogo espelha um problema maior que o Real enfrenta: a falta de comprometimento coletivo e de foco nos momentos decisivos. Sob comando de Xabi Alonso, o time tenta se reerguer com ajustes táticos, mas a entrega individual e a liderança emocional dentro de campo são pontos críticos. O jogo revelou fragilidades defensivas graves, erros de passes e falta de reação, enquanto o PSG mostrou eficiência e coesão. Vinícius, principal nome ofensivo, precisa ir além do talento técnico e assumir postura que contagie o grupo.

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No campo da opinião, é hora do Real Madrid repensar a gestão de seus astros e a cultura do clube. O talento, como sempre, é abundante, mas o futebol moderno exige sangue nos olhos e respeito ao manto sagrado — algo que o público espanhol, e os torcedores daqui de Feira, por exemplo, não aceitam com facilidade, mesmo diante de um cenário tão complicado. Aquele "jeitinho" ou relaxo não combina com gigante europeu, e a diretoria deve cobrar mais rigor para que episódios assim não se repitam.

Para avançar em 2025 e nas próximas temporadas, o Real tem de resgatar a "alma de touro", expressão da lavra de nossos campos, e reforçar o compromisso do elenco. Vinícius Junior, em especial, tem um papel decisivo para reconquistar a confiança da torcida e provar que é muito mais do que talento com sorriso fácil. Caso contrário, as críticas só vão aumentar e o time pode afundar numa crise maior do que a derrota por 4 a 0.