Vitória tenta corrigir falhas graves diante de ameaças pelo alto

EsportesDefesa vulnerável exposta

Vitória tenta corrigir falhas graves diante de ameaças pelo alto

Time sofre setenta por cento dos gols em jogadas aéreas diretas

📷 Reprodução: X (Twitter) - ECVitoria

O empate contra o Palmeiras, após vantagem de dois gols, acendeu sinal de alerta no Vitória. Aos 41 minutos do segundo tempo, Flaco López completou de cabeça o cruzamento que decretou o 2 a 2 no Barradão, escancarando um problema já conhecido: a fragilidade nas disputas pelo alto. Segundo levantamento do Gato Mestre, 14 dos 20 gols sofridos pelo Rubro-Negro na Série A nasceram de jogadas aéreas, a pior proporção entre os 20 clubes da competição.

O cenário técnico revela um padrão preocupante. Quando recua as linhas e opta por um bloco defensivo mais baixo, a equipe de Fábio Carille torna-se especialmente vulnerável a cruzamentos e lançamentos. O problema não se restringe à marcação individual — falhas de posicionamento, cobertura tardia e desatenção no jogo sem bola têm ampliado a exposição. A partida contra o Palmeiras condensou esse enredo: nove finalizações dentro da área, três delas nos minutos finais, culminando no empate.

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As consequências vão além da estatística. A incapacidade de neutralizar a bola aérea compromete o rendimento em jogos equilibrados e mina a confiança para enfrentar adversários com forte presença física, como o São Paulo, próximo rival. Em um campeonato cada vez mais decidido por detalhes, ceder espaço no ponto fraco mais estudado pelos oponentes é oferecer vantagem estratégica. A semana livre até o confronto no Morumbis será vital para ajustes de sistema e treinos específicos.

Minha leitura é que o Vitória precisa mais do que corrigir a mecânica defensiva: deve rever sua postura competitiva. Recuar cedo demais contra rivais de peso é convite ao sufoco, especialmente quando o histórico já grita fragilidade. No futebol, como na vida, quem teme a queda raramente sobe — e, no caso do Leão, é hora de encarar o jogo aéreo não como ameaça inevitável, mas como oportunidade de virar o jogo. Afinal, como se diz na Bahia, "quem não fecha a porteira vê o gado passar".

 

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Quinta, 07 Agosto 2025

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