Hernán Barcos, o velho Pirata dos tempos de glória no futebol sul-americano, segue aprontando das suas. Às vésperas de completar 41 anos, o atacante argentino é o atual artilheiro da Libertadores defendendo o Alianza Lima, do Peru. Mesmo sem a famosa cabeleira dos tempos de Palmeiras e Grêmio, o faro de gol continua afiado — e o espírito competitivo, mais vivo do que nunca.

Na véspera de enfrentar o São Paulo, Barcos confessou que ainda não conseguiu dizer adeus aos gramados. Apesar de ter anunciado que 2025 seria seu último ano como profissional, a emoção de marcar na Bombonera e a boa fase em campo reacenderam a chama. "Fisicamente me sinto bem. Não é fácil parar. Vamos ver como termina o ano", disparou o camisa 9, que também concluiu o curso de treinador e já flerta com uma futura função de gestor no futebol.

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Barcos também revisitou sua passagem pelo futebol brasileiro, especialmente no Palmeiras. Foram 28 gols em uma temporada de altos e baixos, com título da Copa do Brasil e o amargo rebaixamento no mesmo ano. A saída para o Grêmio, em 2013, ainda rende mágoas: "O presidente falou o que não devia. Não fui eu quem quis sair", relembrou, sem esconder a frustração.

Fora das quatro linhas, o argentino já começou a desenhar o próximo capítulo da carreira. Em Lima, montou com a esposa uma cafeteria que mistura café peruano e produtos típicos da Argentina. Um novo sonho, com cheiro de pão no forno, mas sem esquecer o sabor do gol. O futebol ainda pulsa forte nas veias de Hernán Barcos. E talvez, por mais um tempinho, também nos estádios da América.