CRB vence Athletic e afasta risco imediato na Série B
Gol relâmpago decide partida truncada e interrompe série invicta do rival
O CRB conquistou na noite desta terça-feira, no Rei Pelé, um triunfo que carrega mais peso estratégico do que estético. A vitória por 1 a 0 sobre o Athletic, pela 21ª rodada da Série B, foi construída de forma fulminante: 40 segundos após entrar em campo, Dadá Belmonte marcou seu primeiro gol com a camisa regatiana. Com o resultado, a equipe alagoana subiu para o 10º lugar, com 28 pontos, afastando-se temporariamente da zona de rebaixamento. O clube mineiro, que vinha de seis jogos sem derrota, estacionou nos 24 pontos e viu a distância para o Z-4 cair para três.
Tecnicamente, o duelo foi marcado por equilíbrio na posse (50% para cada lado) e baixa efetividade ofensiva. O Athletic finalizou mais (19 a 6), mas encontrou pela frente um Matheus Albino seguro e uma defesa regatiana posicionada para neutralizar infiltrações centrais. O CRB, com menos volume, buscou transições rápidas, mas raramente encaixou sequências de passes no campo rival. O jogo ganhou contornos mais físicos na reta final, acentuados pela expulsão de Ezequiel, que deixou o visitante com um homem a menos nos acréscimos. Rui Duarte manteve o 4-3-3 compacto, preservando a vantagem com disciplina e linhas curtas.
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A vitória oferece ao CRB margem para encarar o Volta Redonda, fora de casa, na próxima rodada, com menor pressão imediata. Um novo triunfo pode aproximar o time da metade superior da tabela, cenário impensável há poucas semanas. Para o Athletic, o revés acende alerta: a sequência de bons resultados não pode mascarar a dificuldade de transformar posse em gols, sobretudo em jogos fora de casa. O duelo contra o Criciúma, em Avellaneda, terá caráter quase decisivo para evitar que o clube mineiro se veja imerso na disputa contra o descenso.
Em 2025, a Série B vem mostrando que a sobrevivência se constrói em jogos assim, nos quais uma bola define tudo. O CRB demonstrou frieza para aproveitar a oportunidade e maturidade para sustentar o resultado. Ainda que o futebol apresentado careça de maior fluidez criativa, o aproveitamento clínico e a solidez defensiva são ativos valiosos na competição. Como diria lá na Bahia, "quem não aguenta pressão, não entra em campo" — e, por ora, o Galo da Pajuçara mostrou que sabe resistir.
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