O empate por 1 a 1 entre Operário e Cuiabá, no Germano Krüger, mostrou o peso de uma escolha equivocada. O time mato-grossense abriu o placar aos 18 minutos do primeiro tempo, com Nathan, e parecia em controle. No entanto, recuou de forma prematura e pagou o preço. O Operário, que até então sofria para criar, encontrou espaços e alcançou a igualdade com Daniel Amorim, aos 35 da etapa final, em noite de lei do ex.

Do ponto de vista estratégico, o Cuiabá mostrou a solidez defensiva que o manteve no G-6 da Série B, mas ao abdicar da posse, entregou campo e confiança ao adversário. O Operário intensificou a pressão pelo alto, explorando a fragilidade do Dourado em segundas bolas. A posse majoritária do visitante (59%) pouco se converteu em perigo real, enquanto o Fantasma capitalizou o volume de cruzamentos até arrancar o gol. A diferença esteve mais no comportamento do que na qualidade técnica.

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Na classificação, o empate segura o Cuiabá na 6ª posição, agora com 38 pontos, e impede a aproximação imediata ao G-4. O Operário, por sua vez, soma 35 pontos e sobe para a 11ª colocação, consolidando-se como equipe competitiva na metade de cima da tabela. A rodada evidencia o equilíbrio brutal da Série B em 2025, em que um ponto pode significar fôlego ou frustração dependendo da ambição.

O episódio expõe uma falha recorrente no Cuiabá: a tendência de proteger vantagem mínima com postura passiva. Em uma competição que premia agressividade e consistência, recuar cedo é convite ao castigo. O Operário, limitado em recursos, soube insistir até encontrar a brecha. A impressão que fica é que o Dourado precisa rever sua mentalidade se quiser ser protagonista no acesso, enquanto o Fantasma mostrou que disciplina e insistência ainda valem muito na Série B.

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