Estêvão brilha na Inglaterra e desafia lógica das contratações milionárias
Ex-Palmeiras mostra maturidade precoce e reforça peso brasileiro na Premier League
A consagração de Estêvão como a segunda melhor contratação da janela inglesa, segundo o site The Athletic, marca um ponto de inflexão no mercado europeu de 2025. Aos 17 anos, o ex-Palmeiras chega ao Chelsea com status que raros adolescentes alcançaram. A eleição, atrás apenas do português João Palhinha, não se baseia em simpatia ou expectativa: é fruto de uma avaliação que levou em conta desempenho recente, custo e potencial de impacto imediato. Em meio a 153 transferências, o brasileiro destacou-se não só pelo talento, mas pela percepção de que pode entregar já no presente.
Do ponto de vista técnico, Estêvão traz ao Chelsea algo que a equipe carecia desde a queda de rendimento de Sterling: agressividade pelos flancos, drible vertical e ousadia no um contra um. O retrato pintado pela análise inglesa, de um garoto destemido que arrisca o improvável, revela também o desafio tático que Mauricio Pochettino terá. Equilibrar juventude e consistência sempre foi dilema no clube londrino, especialmente após investimentos vultosos em atacantes que não renderam. O espaço aberto para o brasileiro não será simbólico, mas estrutural dentro de uma equipe que busca competitividade imediata na liga mais cara da história.
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As consequências ultrapassam o gramado. Para o futebol brasileiro, a ascensão de Estêvão reforça a tese de que a base continua sendo o maior ativo de exportação, ainda que o mercado interno perca ídolos precocemente. O fato de Douglas Luiz, João Pedro e até Kevin figurarem na mesma lista indica que a Premier League segue tratando o Brasil como fornecedor estratégico. Ao Chelsea, resta a responsabilidade de transformar promessa em realidade, ciente de que a paciência é artigo raro no calendário inglês.
É inegável que o entusiasmo inglês tende a inflar expectativas, mas a prudência recomenda parcimônia. Estêvão, embora precoce, ainda é um adolescente diante de estádios que não perdoam erros sequenciais. O rótulo de segunda melhor contratação da janela pode se tornar peso em vez de reconhecimento se não houver planejamento adequado. No entanto, a julgar pela maturidade do discurso do jogador, que se disse mais preparado física e mentalmente, há indícios de que ele entenda a dimensão do desafio. O Chelsea contratou mais que um jovem talentoso: trouxe para si a esperança de que a ousadia brasileira ainda pode desequilibrar o futebol inglês.
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