Fortaleza repete erros e frustra torcida em empate sem brilho
Time sofre com expulsão, baixa produção ofensiva e pior público da história
O Fortaleza voltou a tropeçar em casa na noite desta terça-feira, ao empatar por 0 a 0 com o Vélez Sarsfield, na Arena Castelão, pela ida das oitavas de final da Libertadores. Diante de 27.955 torcedores — o menor público de sua trajetória no torneio —, o Leão mostrou pouco repertório ofensivo e ainda perdeu Matheus Rossetto, expulso no fim, agravando o clima de insatisfação. A frieza da arquibancada traduziu um momento de distanciamento entre equipe e torcida, reflexo de um desempenho que não inspira confiança.
Tecnicamente, o duelo expôs deficiências já conhecidas. A posse de bola de 60% não se converteu em profundidade: apenas uma finalização certa contra três do adversário. Marinho e Breno Lopes, isolados, não receberam bolas limpas; Deyverson, referência central, perdeu-se entre zagueiros atentos. Sem Kuscevic, lesionado, o sistema defensivo se manteve seguro, mas o meio-campo careceu de transições rápidas e variações táticas — problemas que o Vélez, mesmo limitado, quase aproveitou em contra-ataques de Machuca e Romero.
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O cenário para a volta, no José Amalfitani, é delicado. Qualquer empate com gols classifica o Vélez, e novo 0 a 0 leva a disputa para os pênaltis. Para piorar, Rossetto, suspenso, amplia a lista de desfalques, enquanto a equipe ainda encara o Fluminense, sábado, pelo Brasileirão, tentando sair do Z-4. O peso psicológico dessa sequência pode cobrar caro, especialmente se o time não reagir de imediato.
Há uma impressão recorrente de que o Fortaleza vive de lampejos e não de constância. O controle estéril da bola, aliado à ausência de ideias, faz com que adversários se sintam confortáveis até na Arena Castelão — algo impensável nos melhores momentos do clube. Se não houver ajuste de postura e de execução, o Leão corre o risco de transformar uma campanha que poderia ser histórica em mais um capítulo amargo de uma temporada já marcada por tropeços. E, convenhamos, a paciência do torcedor nordestino, por mais fiel que seja, também tem limite.
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