Neymar reforça laço com Santos e cogita renovar contrato
Atacante se diz feliz e vê chances reais de permanecer no clube
Na noite desta terça-feira (10), Neymar Jr. reacendeu a chama da Vila Belmiro ao declarar publicamente que considera em 70% a possibilidade de renovar com o Santos. Em evento beneficente do seu instituto, o atacante reafirmou laços emocionais com o clube onde surgiu para o mundo. Com contrato até o fim de junho, Neymar usa a pausa provocada pelo Mundial de Clubes para concluir o tratamento da lesão no joelho e se recondicionar fisicamente. Aos 33 anos, o camisa 11 projeta encerrar a carreira onde ela começou — ideia que parecia improvável até poucos meses atrás.
Dentro das quatro linhas, o impacto de Neymar em 2025 ainda é mais simbólico do que técnico. Desde o retorno em janeiro, foram poucos minutos em campo e nenhuma atuação marcante. Contudo, o processo de transição física vem sendo conduzido com cautela, como exige a gravidade da lesão sofrida no joelho esquerdo. A comissão técnica alvinegra planeja usá-lo progressivamente a partir do segundo semestre, ciente de que um Neymar em condições ideais ainda pode desequilibrar. A eventual renovação, portanto, será também um voto de confiança no seu retorno competitivo.
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Na Baixada, onde futebol e emoção caminham lado a lado, a possível continuidade de Neymar mexe com o imaginário coletivo. O torcedor santista, acostumado a ver talentos partirem cedo — de Pelé a Rodrygo —, enxerga nesse novo capítulo um raro movimento de retorno. Não custa lembrar: desde o tricampeonato paulista de 2012, o clube não vive uma grande era, e 2025 aponta para reconstrução. Se o Menino da Vila virar o Homem da Retomada, será um feito tão simbólico quanto histórico. No interior da Bahia, inclusive, muita gente já "crava" que ele fica, como se dissesse: "esse menino tem cacoete de casa".
O tom otimista de Neymar não pode ofuscar as perguntas incômodas. Qual o real papel dele no projeto esportivo? Sua presença será solução ou distração? O Santos precisa de liderança e jogo — e não só de manchetes. Ainda assim, é prudente reconhecer: poucos atletas têm tamanho capital afetivo e mercadológico. Cabe à diretoria canalizar esse ativo com sabedoria. Que Neymar não seja só a cereja no bolo, mas também o fermento de um novo ciclo competitivo. Porque, como diria um velho locutor da Princesa FM, "estrela que brilha sozinha não ilumina o time inteiro".
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