A CBF virou a chave e apostou alto: Carlo Ancelotti é o nome escolhido para levar o Brasil ao hexacampeonato na Copa de 2026. O treinador italiano, multicampeão na Europa, chega com moral e com um contrato que prevê até bônus milionário, mas também com uma missão que até hoje ninguém conseguiu cumprir: ser o primeiro técnico estrangeiro a levantar a taça do mundo por uma seleção.

Historicamente, a camisa canarinho foi dirigida por técnicos da casa — com exceção de três nomes que passaram quase despercebidos. Ramón Platero, Joreca e Filpo Nuñez somam apenas sete partidas no comando brasileiro, sem grande impacto. A chegada de Ancelotti representa, portanto, uma quebra de paradigma que até pouco tempo seria impensável no futebol brasileiro.

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O próprio histórico de estrangeiros em Copas mostra como esse desafio é indigesto: apenas dois técnicos de fora chegaram a uma final — e ambos saíram derrotados. O austríaco Ernst Happel, com a Holanda em 1978, e o inglês George Raynor, com a Suécia em 1958, foram barrados na linha de chegada. Ancelotti, agora, entra nessa disputa com o peso de um país inteiro nos ombros e o sonho de uma estrela a mais no peito.

O clima é outro após a eliminação traumática para a Croácia em 2022 e a queda de prestígio do técnico Tite. Hoje, boa parte da torcida já aceita a ideia de um gringo no banco. E, mesmo com Jorge Jesus e Abel Ferreira cotados, a bola ficou com um italiano que vem da escola campeã de 1934, 1938, 1982 e 2006. Se vai dar samba, ainda não sabemos. Mas que promete ser uma Copa diferente, ah, isso promete. 

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