Dembélé quebra paradigma milionário rumo à Bola de Ouro
Francês supera rótulo de contratação cara e vive ano decisivo no PSG
Ousmane Dembélé, hoje aos 28 anos, está prestes a enterrar um estigma do futebol moderno: nenhum jogador vendido por mais de €100 milhões havia conquistado a Bola de Ouro até agora. Com 35 gols e 16 assistências em 2024/25, o francês liderou o PSG na tríplice coroa (Ligue 1, Copa da França e Champions) e chega como favorito à premiação. Um contraste brutal com seus anos no Barcelona, onde sofreu 12 lesões musculares em cinco temporadas.
Taticamente, Dembélé encontrou em Luis Enrique o arquiteto de seu renascimento. O técnico espanhol o reposicionou como falso ponta-direita, permitindo cortes para dentro e finalizações com a esquerda – 71% de seus gols saíram assim. Se antes era um carrasco de defesa sem produto final, hoje tem a eficiência de um artilheiro (23% de conversão) sem perder a assinatura: ainda é o jogador com mais dribles bem-sucedidos na Europa (4,1 por jogo).
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Há ironia no ar. O mesmo atleta que foi chamado de "aposta fracassada" ao sair do Barça por €50 milhões em 2023 pode se tornar o primeiro centenário (em valor de transferência) a ganhar o prêmio. Mas a lição vai além: no futebol de resultados imediatistas, Dembélé provou que algumas sementes demoram – mas florescem. Como dizem nos gramados baianos, "não adianta querer abacate em pé de laranja".
O veredito sairá em Paris, mas seu legado já está claro: em 2025, ele redefine o que significa justificar um preço estratosférico. Resta saber se essa conquista abrirá caminho para outros supervalorizados ou se seguirá como exceção. O Chelsea, rival no Mundial de Clubes, será o próximo teste – e mais uma chance de calar críticos.
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