Filho de goleiro do Bayern morre aos seis após longa doença
Ulreich e esposa revelam perda semanas após o falecimento e pedem privacidade
Na manhã desta sexta-feira (1º), o goleiro Sven Ulreich, do Bayern de Munique, anunciou publicamente a morte de seu filho Len, de apenas seis anos. A revelação veio por meio de uma nota publicada nas redes sociais assinada pelo atleta e sua esposa, Lisa, que descreveram o falecimento como consequência de uma "longa e grave doença". A tragédia familiar, ocorrida em junho, permaneceu em silêncio até agora por decisão do casal, que solicitou respeito absoluto à sua privacidade.
Titular em diversas partidas nas últimas temporadas, especialmente nas ausências de Manuel Neuer, Ulreich está no Bayern desde 2015 e soma mais de uma centena de jogos e 20 títulos pelo clube bávaro. Aos 36 anos, é um dos atletas mais veteranos do elenco e respeitado pelo perfil discreto e comprometido. A comoção dentro e fora do vestiário é compreensível — trata-se de uma perda que extrapola os limites do esporte. O comunicado, comedido e dolorosamente direto, reflete uma tentativa de seguir em frente "passo a passo", como escreveu o casal.
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O silêncio mantido por semanas expõe uma realidade recorrente: mesmo no futebol de elite, onde a superexposição é regra, há espaços que ainda resistem à lógica do espetáculo. A decisão de não tornar pública a tragédia de imediato não foi apenas legítima — foi necessária. Em um ambiente onde a vida privada muitas vezes é engolida pela rotina midiática, a postura de Ulreich serve como lembrete de que há luto que se vive em silêncio, não sob holofotes.
É um momento que impõe pausa. Aos que acompanham o futebol, fica a responsabilidade de reconhecer que há tempos que não são de cobrança, mas de compaixão. Aos colegas de profissão, a dor de Ulreich talvez sirva de alerta para o que muitas vezes se esquece: por trás das camisas numeradas e contratos milionários, há pais, filhos, irmãos. E nenhuma carreira, por maior que seja, prepara alguém para enterrar um filho. Como se diz na Bahia, nessas horas, só o tempo consola — e nem sempre.
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