Internacional abre mão de Enner Valencia em decisão surpreendente
Centroavante equatoriano rescinde contrato, economiza milhões ao clube e parte ao México
O Internacional oficializou a saída de Enner Valencia, 35 anos, em acordo que surpreendeu pela agilidade e pelo impacto econômico. O centroavante, contratado em 2023 como solução ofensiva, tinha vínculo até 2026, mas optou por rescisão amigável. O clube gaúcho deixará de desembolsar aproximadamente 2 milhões de euros em salários até o fim do contrato, mantendo ainda 50% dos direitos econômicos do equatoriano. O Pachuca, do México, surge como destino imediato, com prazo curto de janela e pressa nas tratativas.
A decisão expõe um ponto sensível da gestão colorada: a dificuldade de encaixar Valencia em seu projeto esportivo recente. Mesmo autor do gol que devolveu protagonismo à seleção equatoriana nas Eliminatórias, o atacante conviveu com rendimento irregular no Beira-Rio. Sua movimentação intensa perdeu fôlego, e o time, já sob comando interino, optou por modelos ofensivos menos dependentes de um centroavante fixo. Na prática, a saída reduz a folha, mas também elimina uma alternativa de experiência em um elenco que se equilibra entre jovens promissores e veteranos de difícil reposição.
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O impacto imediato é duplo. Financeiramente, o Inter alivia caixa em ano de forte pressão por austeridade, mas esportivamente abre um vácuo em um setor que já sofria com carência de opções decisivas. A aposta passa a ser em atacantes com menos rodagem internacional, em um calendário que inclui Sul-Americana e reta decisiva do Brasileirão. Para Valencia, a mudança representa chance de retomada em ambiente de menor pressão, com Copa do Mundo no horizonte e a possibilidade de prolongar relevância continental jogando no México.
O episódio revela mais sobre o Inter do que sobre Valencia. O clube, que já conviveu com a pecha de decisões hesitantes no mercado, corre o risco de repetir o padrão de abrir mão de peças relevantes sem reposição à altura. A economia de curto prazo é inegável, mas a ausência de um plano esportivo sólido para o ataque pode cobrar preço alto. Valencia sai pela porta lateral, sem barulho e sem mágoa, mas deixa a lembrança de que nem sempre um nome de peso, mesmo histórico em sua seleção, encontra terreno fértil em Porto Alegre.
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