Flamengo tropeça em casa, Atlético impõe ritmo e castiga erro

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Flamengo tropeça em casa, Atlético impõe ritmo e castiga erro

Time mineiro controla jogo, aproveita falha e pressiona rival por reação imediata 

📷 Reprodução: X (Twitter) - Flamengo

No Maracanã lotado, o Flamengo acumulou mais uma frustração recente: foi derrotado pelo Atlético-MG por 1 a 0, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O gol solitário de Cristian Cuello, aos 22 minutos do segundo tempo, coroou uma atuação firme dos visitantes, que souberam explorar o nervosismo rubro-negro e puniram um erro na saída de bola. Com mais posse (62%) e volume ofensivo (17 finalizações), o time carioca não conseguiu transformar presença em efetividade — e viu a invencibilidade de seis meses no estádio ruir justamente no torneio que mais exige pragmatismo.

A proposta de Cuca foi clara: travar o corredor central, induzir o Flamengo a jogar pelos lados e desgastar sua posse com marcação setorizada. Alan Franco e Otávio se revezaram entre cobrir a frente da área e encurtar o espaço de Wallace Yan, enquanto Saravia e Arana, em diagonal defensiva, fecharam os caminhos pelos flancos. Pedro, isolado, foi engolido pela zaga adversária, e apenas com a entrada de Samuel Lino — estreando — o Flamengo conseguiu criar rupturas. Foram 38 minutos do ponta em campo, com quatro passes-chave, um gol anulado e uma finalização que exigiu milagre de Everson. O talento individual apareceu, mas tarde demais para salvar o coletivo.

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A derrota obriga o Flamengo a vencer por dois gols na Arena MRV na próxima quarta, ou depender da imprevisibilidade dos pênaltis. O cenário preocupa: o time de Filipe Luís alterna bons momentos no Brasileirão com atuações erráticas nos mata-matas — algo já visto nas eliminações do Carioca e da Recopa. Já o Atlético-MG, que vinha de cinco jogos sem vencer fora de casa, pode empatar no jogo de volta e ainda assim avançar. A missão mineira será resistir à pressão e lidar com um adversário ferido — mas tecnicamente superior. O equilíbrio do confronto ainda está em aberto, mas a vantagem simbólica mudou de lado.

Há méritos incontestáveis na montagem estratégica do Atlético, mas é impossível ignorar o desperdício crônico do Flamengo em noites de decisão. A insistência de Filipe Luís em manter estruturas rígidas, mesmo diante de adversários que propõem o contrário, revela um treinador ainda preso a dogmas. A entrada tardia de Lino — mesmo com condição física ideal — foi um desses equívocos. O garoto mostrou, em meia hora, o que os demais tentaram em vão por 60 minutos. Em tempos de futebol tão acelerado, hesitar pode ser fatal. E como se diz na Bahia: quem tem pressa, tropeça. O Flamengo tropeçou — e o Atlético, que não tinha pressa, já saiu na frente.

 

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Sábado, 02 Agosto 2025

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