Jorge Jesus volta ao Al Nassr e reencontra Cristiano Ronaldo
Técnico português assume clube saudita após demissão do Al Hilal
O treinador Jorge Jesus, aos 70 anos, está de volta ao futebol da Arábia Saudita. Após passagem recente e turbulenta pelo Al Hilal, o português foi anunciado pelo Al Nassr para a temporada 2025/2026, segundo o jornal A Bola. O reencontro com Cristiano Ronaldo, agora em reta final de carreira, marca não só uma tentativa de protagonismo esportivo, mas também uma manobra estratégica do clube saudita para manter visibilidade global após o fracasso na última Liga dos Campeões Asiática. A apresentação oficial deve ocorrer entre os dias 15 e 16 de julho, em Riade.
Do ponto de vista técnico, Jorge Jesus chega com uma proposta de resgatar o protagonismo de um Al Nassr que convive com altos investimentos e resultados medianos. Com histórico de montar times intensos e obsessivos no ataque, o treinador terá pela frente o desafio de adaptar sua metodologia a um elenco experiente, multicultural e, em parte, envelhecido. Resta saber se Jesus reencontrará o equilíbrio que lhe faltou em sua última temporada, quando sucumbiu à pressão interna e às limitações físicas de um plantel pouco responsivo taticamente.
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O que chama atenção é o contraste entre o retorno ao mundo árabe e o embate jurídico com o Benfica, que segue rendendo capítulos fora das quatro linhas. Jorge Jesus cobra valores rescisórios do clube encarnado e reacende, assim, uma rivalidade jurídica que se arrasta desde sua transferência polêmica para o Sporting, em 2015. A notícia do processo laboral em Portugal escancara que, mesmo após mais de uma década de glórias e rusgas, o técnico português segue colecionando tanto troféus quanto litígios.
Se há algo que ninguém pode negar é o magnetismo que Jorge Jesus ainda provoca — seja em campo, nas salas de imprensa ou nos tribunais. Com o Al Nassr, ganha mais uma chance de provar que seu conhecimento tático ainda cabe no futebol de 2025, cada vez mais veloz, globalizado e impaciente. Ter Cristiano Ronaldo ao lado pode ser um trunfo, ou uma pressão extra. O que o torcedor saudita — e o brasileiro que acompanha à distância — quer saber é: o "Mister" ainda tem lenha pra queimar ou virou peça de museu com voz ativa?
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