Justiça denuncia Augusto Melo e agrava caos no Corinthians
Acusações envolvem desvio de R$ 40 milhões e abalam clube
O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia formal contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, por crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto, em decorrência do escândalo envolvendo o contrato milionário com a casa de apostas VaideBet. A promotoria aponta desvio de R$ 40 milhões dos cofres do clube, através de comissões ilegais repassadas a uma empresa de fachada, logo nos primeiros meses da gestão iniciada em 2024. Além de Melo, outros ex-dirigentes e o empresário Alex Cassundé estão na lista de acusados.
A denúncia, ainda sob análise da Justiça, vem reforçar o desgaste político interno que já levou ao afastamento de Melo, cuja defesa alega "narrativa genérica" e perseguição institucional. O caso se arrasta há mais de um ano e culminou na rescisão do contrato com a VaideBet, alegando danos à imagem da marca. Segundo a investigação, Cassundé jamais intermediou o patrocínio, tendo sido inserido artificialmente na operação para camuflar o desvio. A operação foi descrita como "ardilosa simulação" pela polícia e considerada lesiva à instituição por promotores.
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Com o clube imerso em turbulência, a assembleia geral marcada para 9 de agosto promete ser decisiva. Os sócios do Corinthians escolherão entre confirmar o impeachment de Augusto ou reintegrá-lo ao cargo. A gestão interina tenta conter danos e reorganizar um futebol que já coleciona eliminações, enquanto a imagem do clube se desgasta nacional e internacionalmente. A poucos dias da reabertura da janela de transferências, o Corinthians vive uma entressafra não só de atletas — mas de confiança.
De um lado, o MP-SP exige bloqueio de bens e indenização, do outro, a defesa promete "rigor jurídico" na contestação. Em meio a tudo isso, o torcedor, que já não esperava um ano de conquistas, vê sua paixão ser usada como biombo para práticas que, se comprovadas, beiram a pilhagem institucional. Como diz o ditado sertanejo, "onde passa boi, passa boiada" — e é justamente esse tipo de porteira escancarada que ameaça transformar o Parque São Jorge em símbolo de tudo que o futebol precisa combater em 2025.
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