Mazzola completa 87 anos e reforça legado no futebol
Campeão de 1958, ídolo no Brasil e na Itália
Nesta quinta-feira, José Altafini — o eterno Mazzola — completa 87 anos. Nascido em Piracicaba (SP) e revelado pelo Palmeiras, o atacante fez parte do elenco da Seleção Brasileira que conquistou o primeiro título mundial em 1958, na Suécia. Titular nas duas primeiras partidas da campanha, marcou dois gols na estreia contra a Áustria e dividiu os holofotes com nomes que logo se tornariam lendas. Após o Mundial, foi negociado com o Milan e seguiu trajetória singular no futebol europeu, onde viria a defender a Itália na Copa de 1962.
Tecnicamente refinado, Mazzola sempre foi mais do que um goleador: era também cérebro ofensivo. Sua capacidade de movimentação entre linhas e a leitura precoce de jogadas o tornaram protagonista tanto no Brasil quanto na Europa. Pela Seleção Italiana, usou o nome de batismo e manteve o nível, jogando ao lado de craques da Azzurra. Construiu carreira sólida em clubes como Milan e Juventus, sendo campeão da então Taça dos Campeões da Europa em 1963 — o que hoje seria a Champions League.
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No atual cenário de 2025, com seleções jovens e comissões técnicas cada vez mais científicas, o caso de Mazzola ainda soa raro: um atleta que, em plena juventude, representou dois países em Copas do Mundo. O futebol mudou — para melhor e para pior — mas a entrega e o talento bruto de Mazzola resistem ao tempo como memória afetiva e exemplo tático. O fato de ter cedido lugar a Pelé, no auge da campanha de 1958, só reforça o simbolismo de sua passagem: abriu espaço para a história continuar maior do que ele mesmo.
Figura elegante e pouco afeita aos holofotes, Mazzola segue lúcido e discreto, tal qual um maestro que regeu bem sua partitura e agora observa, do camarote do tempo, os ruídos e harmonias do futebol moderno. Em tempos de carreiras curtas e narrativas apressadas, é bom lembrar que certas histórias precisam de décadas para ganharem a devida dimensão. Ou, como se diz com reverência nos nossos cantos: esse aí já pisou em campo sagrado.
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